Concerto para piano n.º 3 em ré menor

Op. 30

O Concerto para Piano Nº 3 de Rachmaninoff é conhecido pelas dificuldades técnicas que desafiam os mais talentosos dos virtuosos. O próprio compositor teve que ensaiar intensamente em um teclado improvisado durante a viagem de navio para os EUA, para a estreia da obra em Nova York, em 1909. Apesar da recepção inicial morna, aos poucos o concerto se tornou parâmetro para pianistas e para outros compositores, como Prokofiev, que compôs o diabólico Concerto para Piano Nº 2 (1913). O concerto de Rachmaninoff começa com uma sensação de suspense: uma simples apresentação do tema pelo solista, com cordas silenciosamente pulsantes, sugere que muito mais está por vir. E o piano vai se soltando até ser totalmente liberado na cadenza do primeiro movimento. O segundo movimento, “Intermezzo”, com cordas ondulantes, leva o ouvinte para o cerne espiritual da obra. No último movimento, as referências sofisticadas aos temas dos movimentos anteriores unificam a obra à medida que avança, com surpreendente pirotecnia, para a conclusão exuberante. A obra é puro drama nas mãos de quem consegue tocá-la e uma tragédia para aqueles que não conseguem.

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