Quinteto para piano n.º 2 em lá maior
Dvořák tinha se aventurado pela primeira vez em um Quinteto para Piano em 1872. Quinze anos depois, no verão de 1887, o compositor tcheco sentiu que valia a pena uma segunda tentativa e começou a revisar a obra quando estava na sua casa de campo em Vysoká, cercado dos filhos, dos seus pombos de estimação e de muita tranquilidade. Essa revisão deu origem ao Quinteto para Piano Nº 2. Completamente nova, a obra tem quatro movimentos e melodias arrebatadoras, iluminadas por danças boêmias. O primeiro movimento, “Allegro, ma non tanto”, começa só com violoncelo e piano. O segundo é uma “Dumka”, dança tradicional eslava que alterna lamento e movimentação. Em seguida vem a “Furiant”, dança tcheca saltitante com ritmos cruzados (mas a seção central é idílica). E, finalmente, Dvořák se solta com o “Allegro” final, alegre e impetuoso, cujo tema principal remete à skočna, dança tradicional eslava que anima igualmente a cabeça, o coração e os pés.