Die Hebriden em si menor
Op. 26 · “As hébridas, abertura”
Visitar a Gruta de Fingal foi, sem dúvida, a experiência mais marcante que Mendelssohn experimentou em sua excursão pela Escócia, em 1829. Finalizada em dezembro do ano seguinte, As Hébridas é o prelúdio de um concerto com a forma de uma sonata modificada. Seu primeiro tema sombrio evoca a gruta com seu fundo cintilante, abrindo alas para um segundo tema que retrata a paisagem marítima. Após uma codeta enérgica, fanfarras de metais apresentam um desenvolvimento discreto do primeiro tema entre instrumentos de cordas e de sopro, trazendo um clímax enérgico e, depois, uma reprise abreviada do tema de abertura. Isso logo dá lugar ao segundo tema, agora poético nas clarinetas, antes de a música ser direcionada a uma coda tempestuosa, que se dilui em alusões fragmentadas ao primeiro tema. Ouvida pela primeira vez em Londres em 14 de maio de 1832, As Hébridas foi um enorme sucesso e nunca deixou de fazer parte do repertório orquestral. Brahms teria dito que abriria mão de todas as suas composições para poder escrever uma peça como esta.