Sonata para piano n.º 21 em si bemol maior

D960

Franz Schubert concluiu as suas últimas três sonatas para piano (Nºs 19-21) em 1828, poucas semanas antes de morrer de sífilis, aos 31 anos. A última delas, a Sonata para Piano Nº 21, D. 960, contém frases atemporais, caracterizadas por um contentamento agridoce, algo notável para quem estava diante da morte. Mas a obra também possui uma perturbação subjacente, como no tema principal do primeiro movimento, duas vezes brevemente interrompido por trinados sinistros. A forma A-B-A do “Andante sostenuto” alterna entre um leve desespero e a reflexão onírica, seguida pelos gestos rápidos do “Scherzo”, que remetem a uma despreocupação que só aparece aqui. O começo em uníssono do movimento final cria uma retomada de ar que revive vários aspectos da obra – e então a música segue o seu fluxo suave. A coda tem um tom surpreendentemente confiante, como se Schubert tivesse resolvido enfrentar o destino com otimismo renovado.

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