- ESCOLHA DO EDITOR
- 2012 · 7 faixas · 36 min
Réquiem em ré menor
É quase certo que Gabriel Fauré compôs sua missa de Réquiem para um funeral que aconteceu em janeiro de 1888 na igreja parisiense de La Madeleine. Sua versão original é composta de cinco seções da missa em latim para os mortos, incluindo uma sublime “Pie Jesu” para soprano solo e órgão e a “In Paradisum”, que está entre as composições sacras mais belas do fim do século XIX. Fauré escreveu o que ele chamou de “Pequeno Réquiem" para a eficaz combinação de violas, violoncelos, contrabaixos, órgão, harpa e tímpanos, com o violino solo fazendo uma aparição no “Sanctus”. Fauré acrescentou ainda dois trompetes e duas cornetas à peça para uma segunda apresentação na La Madeleine, em maio de 1888. Em seguida, estendeu a obra com “Hostias” e “Libera me” para barítono solo e os corais de abertura e fechamento do “Offertoire”. Fauré relembrou que pretendia “fazer algo diferente” com seu Réquiem. Ele o fez ao cortar o tradicional “Dies irae”, com sua ênfase no fogo do inferno e na condenação, para criar o que um crítico da época – para deleite do compositor – descreveu como “a música do berço da morte”. Seu lirismo gentil envolve o ouvinte no texto e acentua as manifestações de emoção. Sob pressão de seu editor, Fauré concordou em ampliar a orquestração de seu Réquiem. A versão sinfônica, tocada pela primeira vez durante a Exposição Universal de Paris em 1900, alcançou popularidade mundial; no entanto, suas antecessoras mais sofisticadas e íntimas voltaram à vida, primeiro em uma edição preparada por John Rutter no início dos anos 1980 e depois por diligentes estudos acadêmicos.