- ESCOLHA DO EDITOR
- 2015 · 50 faixas · 2 h 23 min
Aida
Uma das óperas mais apresentadas em todo o mundo, Aida, de Giuseppe Verdi, é sinônimo de ostentação e exotismo operísticos, com seus balés luxuosos e a “Marcha Triunfal” retratando um conto intimista de decepções amorosas e traições. A gênese de Aida data de 1869, quando o então governador do Egito convidou Verdi para escrever uma ópera sobre o povo do Antigo Egito para a inauguração da Casa de Ópera do Cairo. O egiptólogo francês Auguste Mariette imaginou uma história em que o Egito era uma nação moderna e desenvolvida, enquanto capitalizava sobre a fascinação do século XIX pelo mundo antigo de pirâmides, múmias e faraós. Verdi recusou o primeiro convite, mas, em algum momento, se interessou pelo projeto após Mariette sugerir que ele poderia abordar Wagner. Apesar de Verdi nunca ter pisado naquele país, ele pesquisou instrumentos do Egito antigo. Um dos resultados foi a criação de seis trompetes especiais para descrever o poderio militar da nação. O enredo – um triângulo amoroso envolvendo duas mulheres, a escrava etíope Aida e a princesa do Egito Amneris, e o amor delas pelo mesmo homem, Radamès – é contado por meio de cenas do espetáculo da grande ópera francesa, principalmente em “Gloria all’Egitto”. Mas há também árias intimistas, incluindo “Celeste Aida”, de Radamès, e “Ritorna vincitor”, de Aida, além de cinco duetos, concluindo com “O terra, addio”. Após a estreia bem-sucedida no Cairo, em 1871, a obra foi recebida com triunfo em capitais norte-americanas e europeias.