Messa da Requiem

Dedicada à memória do escritor e poeta Alessandro Manzoni (1785-1873), símbolo da unificação italiana, a Missa de Réquiem, de Verdi, estreou em 22 de maio de 1874, na igreja de San Marco, em Milão. A obra obteve sucesso imediato, mas seu conteúdo abertamente operístico (e a inclusão de vocalistas femininas) dificultou a sua popularização na Itália. A peça se desenvolve de modo relativamente tradicional. O “Réquiem” contrasta um “Introit” silencioso com um “Kyrie” fervoroso que apresenta os quatro solistas. A segunda seção começa com uma estrondosa “Dies irae” seguida por uma sinistra “Tuba mirum” e por oito peças com um ou mais solistas que se combinam na vigorosa “Rex tremendae” e finalmente na suplicante “Lacrymosa”. O “Ofertório” justapõe a melancólica “Domine Jesu Christe” e a devota “Hostias”, com o refrão ressurgindo em um “Sanctus” incisivo. O “Agnus Dei” apresenta solos eloquentes para soprano e mezzo-soprano, esta acompanhada por tenor e baixo na etérea “Lux aeterna”. O “Libera me” remete às seções anteriores e segue o seu curso inquieto até o apelo resignado da soprano pela salvação.