Suíte para violoncelo n.º 3 em dó maior

BWV1009

Ainda que não se saiba exatamente para quem nem por que Bach escreveu as suítes para violoncelo solo, existem algumas sugestões na própria música. O amplo “Prelúdio” da Suíte Nº 3 em dó maior soa suspeitamente como um exercício didático – mas inspirado – cuja música é feita a partir de escalas e arpejos, testando a agilidade do braço do arco com acordes complicados e frases provocantes. Depois de uma exuberante “Allemande”, a “Courante” soa como mais um movimento instrutivo, que testa a capacidade do músico em dar vida ao que, no papel, parece um fluxo constante de notas. Após a imponente “Sarabande”, Bach acrescenta duas “Bourrées” lindamente equilibradas – a primeira se repete após a segunda. A “Gigue” final tem um aspecto rústico, com efeitos espertos de serra e harmonias dissonantes. Sobre as suítes para violoncelo, de J.S. Bach Obras para instrumento solo, especialmente violoncelo, eram raras na época de Bach e é mais provável que tenham sido improvisadas em vez de escritas em detalhe. As seis Suítes para Violoncelo (BWV 1007-12) foram compostas enquanto Bach servia na corte de Köthen (1717-23), na Alemanha. Apesar de as seis obras seguirem um padrão semelhante, é improvável que tenham sido criadas como um conjunto. Ao formato da suíte tradicional (allemande, courante, sarabanda e giga), Bach acrescentou um prelúdio e incluiu algumas danças da moda (minuetos, bourrées e gavotas) antes da giga final. Só a partir da década de 1930, quando foram gravadas pelo espanhol Pablo Casals, que as suítes de Bach se tornaram conhecidas mundialmente.

Selecionar um país ou região

África, Oriente Médio e Índia

Ásia‑Pacífico

Europa

América Latina e Caribe

Estados Unidos e Canadá