Harry Potter and the Philosopher's Stone

O que James Horner, o multipremiado compositor de Titanic, poderia ter feito com a adaptação cinematográfica de 2001 do bestseller de J.K. Rowling? Nunca saberemos, já que Horner declinou o projeto, deixando para John Williams, o par de mãos mais confiáveis de Hollywood, criar as bases musicais daquela que seria uma das maiores franquias da Warner Bros. E Williams fez o que faz de melhor: produziu uma trilha sonora romântica, arrebatadora e com apelo universal. A magia foi conjurada com toques de orquestração – como na valsa de Hedwig’s Theme, com sua aura misteriosa e fascinante graças à celesta combinada a cordas poderosas. Escrita numa época em que as trilhas de ponta a ponta eram uma forte tendência em Hollywood, a partitura de 73 minutos de Harry Potter e a Pedra Filosofal aposta em ideias já testadas – com inspirações de E.T., o Extraterrestre e Star Wars nas cordas de “Harry’s Wondrous World”, de O Império Contra-Ataca em “The Chess Game”, e de Os Caçadores da Arca Perdida em seus crescendos corais para o tema “The Stone”. Após o terceiro filme, Williams passou o bastão para Patrick Doyle; Nicholas Hooper e Alexandre Desplat assinaram sequências posteriores.