Sinfonia n.º 40 em sol menor

Mozart concluiu a Sinfonia Nº 40 em 25 de julho de 1788, um mês depois de ter terminado a sinfonia anterior. Enquanto a Nº 39 é calorosa, a Nº 40 é definitivamente séria, marcada pela escolha do sol menor, um tom há muito associado a dificuldades emocionais. O primeiro movimento, “Molto allegro”, abre com uma figura irritante e repetida, que, embora melodiosa, se torna um agente de melancolia e inquietação. Apesar de o longo e lento “Andante” não ser em sol menor, ele reflete um sentimento subjacente de ansiedade. O “Menuetto” também é tenso, um pouco mais suave apenas durante o “Trio” central. O tradicional final alegre é substituído por um dos movimentos sinfônicos mais intensos de Mozart (“Allegro assai”), com um desenvolvimento tempestuoso. Como a linguagem musical de Mozart era mais complexa do que a de seus contemporâneos, não surpreende que durante as décadas de 1790 e 1800 esta sinfonia tenha sido considerada uma obra difícil, tanto de tocar quanto de apreciar.