La Bohème

SC67

É véspera de Natal em Paris, por volta de 1830. As estrelas brilham no céu, as ruas do Quartier Latin estão cheias de gente e quatro artistas aspirantes sem nenhum tostão se divertem em um sótão gelado. A genialidade de Puccini em La bohème (1896) é fazer com que o público queira ser aqueles personagens, mesmo que o poeta Rodolfo tenha queimado o seu manuscrito para se aquecer e o aluguel esteja atrasado. Mas quem se importa? Eles são jovens e livres e, antes do amanhecer, pelo menos um deles estará apaixonado. Puccini retrata com imediatismo e ternura o começo feliz e o final trágico do relacionamento entre Rodolfo e a costureira com tuberculose Mimì. Mas La bohème tem mais histórias para contar, como o romance intermitente do pintor Marcello com Musetta. Puccini retrata tudo com tanta espontaneidade e com árias tão gloriosas (“Che Gelida Manina” é a primeira) que La bohème se tornou uma das óperas mas adoradas de todos os tempos, com admiradores contemporâneos como Baz Luhrmann e Jonathan Larson. E é compreensível: é uma ópera para quem é ou já foi jovem.

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